ADORO TE DEVOTE

Sarve Maria, Seu Abilio!

Em Urubici, mesmo nas dificuldades, mesmo com toda a simplicidade das pessoas, de repente, as janelas do céu se abriam e, por um momento, entrávamos todos juntos no paraíso, elevados pelos cânticos das nossas vozes conhecidas.
Havia o perfume do incenso no ar. O ambiente de respeito e de admiração diante da beleza simples dos rituais.

Foi esse o clima que me inspirou buscar num arranjo de um grupo da Diocese de Santiago do Chile uma das músicas especiais da Bênção do Santíssimo. Levei horas, dias, montando nota a nota as seis vozes que tinha que fazer para ajustar tudo de forma harmônica como deveria ser para homenagear o Pai e toda a nossa família que trazia vida à igreja de Urubici.

A música é uma peça de canto gregoriano, composto por São Thomaz de Aquino há mais de 750 anos… Coisa para iniciados. Não é todo mundo que aguenta ouvir. É preciso entender o significado das coisas e se colocar num espaço/tempo distante que já foi o nosso, mas que não serve mais ao ruído e à velocidade que as coisas tomaram. Mas, a verdade é que “Adoro Te Devote” é a síntese da beleza eucarística do Deus que se transforma em pão para ser servido em comunhão.

NÓS DOIS – Poesia – Alda

Andar de mãos dadas sobre as ondas do mundo.
A fé segurando o milagre nas águas profundas.
Flutuar!
E os dias passando nas rodas da lua e do sol,
O tempo comendo o pão de nós mesmos,
Consumidos, devorados na boca dos anos.

Nem sequer perceber o avançar da baleia gigante
Boca aberta engolindo o profeta…
Descuidados!
No mar calendário, agendas marcadas
Folha impressa de dias, de anos, semanas e meses,
De fases da lua, de datas e eventos.

Lá se foi nosso barco.
Quem nos viu na saída, não nos vê.
Ficou longe a praia, o porto, as matas na terra.
Só velas – esperança de um dia chegar
De mãos dadas, no lado de lá.
(Alda)

JOSÉ NUNES – Discurso à Camara Municipal de Urubici em Fev/1985

Exmo. Sr. Antônio Zilli Md. Prefeito Municipal de Urubici e,
Excelentíssimos Vereadores e Vereadoras – CÂMARA MUNICIPAL – minha gratidão
Grupos de Cultura e povo querido de minha terra natal.
Meus irmãos.

ABENÇOADA ESTRELA DO SUL,
TU TENS AS TERRAS DOS PINHEIRAIS,
TUAS FAZENDAS SE VESTEM DE AZUL,
TUAS LAVOURAS SÃO COLOSSAIS!


Ah! que saudades, que lembrança linda me vem à mente, neste instante de poema e de cultura, cultura que se mistura com terra e arado, com cela e cavalheirismo, com coxilha e com quebrada, com romance, com esquina e praça, com vila e cidade e, com aquele quadro simples do dia em que nasci: TRÊS HORAS DA TARDE, UM DIA DE SOL, um romântico casal, aquela casa na rua da Igreja, ao sopé do morro, pinheiros em todo o vale, o barulho do deslizar das águas do cristalino riacho, a pequena grandeza do Rio Urubici e sua ponte coberta, a majestade do Canoas e sua velha balsa, a incrível estrada do Avencal, com suas chuvas depois das três, o coaxar das CURUCACAS, o revoar das andorinhas e as corridas dos QUERO-QUEROS.

Ah! que saudades e como foi bom ter nascido aqui, ter aprendido o que aprendi aqui, pescando de peneira, fazendo sapecadas, fazendo e vendendo carrinhos de morro, correndo atrás dos sonhos que só tinham os bandos de periquitos e papagaios.

Ah! que saudades e como foi bom ter nascido aqui, com a angústia de subir mais alto e ver mais longe, deitar no pasto e escutar o silêncio de mim mesmo, absorto na cantiga do tico-tico, das corruíras e, isolado do inferno barulhento do mundo, ver cair a neve como flocos de algodão e, o gelo fazer estalagmites e estalactites em todos os galhos e calhas de água, e congelar as poças d’água de frente à minha casa.

Ah! que saudade e como foi bom ter nascido aqui e ter levado na alma o grito de beleza, o grito da fé, o grito do amor, o grito da simplicidade, o grito da esperança, o grito da liberdade, a força de dizer sim e dizer não, o romance dentro de mim, gritando e espalhando em cada folha de papel o nome de minha terra, de minha gente e das belezas naturais (como a GRAÇA que quando se derrama encharca o monte), inscrições rupestres, material indígena espalhado por todos os centros de cultura do mundo.

Ah! como foi bom ter nascido aqui na terra do URU (o pássaro irmão do NAMBU) e das gineteadas do índio BICI, cujas lendas renasceram aqui, dando o nome de nossa terra, URUBICI.

É para mim hoje, um dia de saudades, de lembranças apaixonantes de meu tempo de menino, camisa aberta no peito, pés descalços, capacete parmeson na cabeça, capa azul nas costas, calças curtas, aluno da escola estadual, um menino liberto e feliz para o seu tempo, geração 36/50, transição de todas as boas normas do tempo, coroinha com seis (6) anos, capelão guardião do templo com dez (10) anos, o batedor do sino da velha igreja (badaladas de alegria e tristeza), o porta estandarte das manhãs de civismo na querida escola estadual de TIA ADELAIDE, TIA PEPITA, TIA CARMINHA, TIA IZARI, TIA OTÍLIA.

Ah! como foi bom ter nascido e aprendido aqui, os valores da vida, da religião, da cultura, da família, da pátria e da sociedade.

Em meus ouvidos a lembrança dos primeiros intendentes municipais, na voz clara, empolgante, vibrante emocionada e firme do saudoso TIO CLARO, TIO DORVALINO, TIO NEGRUCHO, TIO CAETANO, TIO MANOEL, TIO EDMUNDO que sem ordem de cronologia e tempo, somo, TIO OTACÍLIO, TIO CARPECOSTA, TIO OLIVEIRA, TIO ARVADI, e tantos outros que fechando os olhos posso vê-los no tempo, como os colonizadores chegando em seus carros de mola e aranhas e cavalos, trazendo sua cultura e a sua vida à missa dominical, colocando no altar para o leilão, o que mais lindo a terra tinha. É DE SE LEMBRAR AQUI, TIO CAETANO, o leiloeiro.

Que minha recordação ao correr da máquina, não fira a sensibilidade dos parentes de muitas pessoas amigas, presentes ou não, mas some ao meu entusiasmo esta vontade indomável de gritar nomes como homenagem a essa geração que está nascendo, nomes que precisam ser estudados, cantados, romanceados, poemados, pois são doce como é doce pronunciar: DEDÉIA, DINHA, TIA CARMELINA, TIA PEPITA, VÓ ZEFA, MARINHA PRETA, TIA ERMELINA, TIA BENTA, TIA CARLOTA, TIA PATRÍCIA, TIA BENILDES, mãos – que me abençoaram, braços que me carregaram, gente que marcou minha vida e minha forma de fazer poema.

Neste vale de flores risonho, onde se plantando tudo dá, onde se querendo tudo se consegue, nasci e aos poucos aprendi ser a mesma têmpera, forjada por gente que esperava de minha geração: A RESPOSTA ESTÁ AQUI no hino oficial de minha terra, nos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado e, nas gerações que venho formando na universidade e, nos cargos públicos que ocupei.

Muito obrigado!

ENCONTRAR O CAMINHO COM OS REIS MAGOS

Este vídeo contém a informação de como fazemos os arranjos das músicas tocando todos os instrumentos mediante comandos musicais para o computador.

O objetivo de incluir esta informação está ligado ao tema dos Reis Magos que, para encontrarem o caminho, olharam para o céu. A música vem da alma mas precisa da técnica para ser expressada. Nós encontramos um caminho.

O que nos reserva o novo ano? Que caminho vamos percorrer? O futuro parece nebuloso e sem respostas.
Mas em nossos corações, certamente ardem as chamas da esperança de um novo tempo.
Um tempo sem morte, sem dor, sem lágrimas. Ansiamos por sair, respirar, viver… Queremos os beijos, os abraços, os olhares livres face a face.

Buscamos no fundo da alma as memórias de um tempo em que todos rimos abraçados. Sentimos que já vivemos dias mais livres, ao sol, na rua. Todos caminhando juntos, sem medo.

Temos agora a lembrança dos Reis Magos que seguiram uma estrela, na esperança de encontrar a luz que veio ao mundo para torná-lo melhor. E era uma criança simples deitada em um abrigo de animais.
Uma estrela no céu mostrando o caminho e o coração esperançoso foi a chave para o encontro desejado.

Se nós temos a esperança no coração, o que nos falta? Falta olhar para o céu. Elevar a alma ao infinito e enxergar a luz que nos indica o caminho.

Florianópolis, 1º de Janeiro de 2021

UMA PONTE ENTRE FLORIANÓPOLIS E SYDNEY

NATAL DE 2020
Separados pela Pandemia, o Natal de 2020 teria que ser cada um de um lado do mundo. Parte da nossa família em Sydney na Austrália e parte em Florianópolis, no Brasil.
Uma música construiu uma ponte unindo o mundo inteiro num abraço e aproximando nossos corações. Cantamos juntos. Eles de lá e nós de cá.
O Natal tem um clima mágico e somente o Natal permite que esse tipo de coisa aconteça.

Feliz Natal, Austrália!
Merry Christmas, Brazil!
Boa Noite… Bom Dia…

E tudo aconteceu em uma noite só…

A MENINA DO SORRISO

Tuti

Mal o dia amanhece e ela se põe na estrada. Passos ligeiros. Os livros escolares apertados contra o peito. Montanhas azuis, cerração e geada.

Margeando a cerca de arame congelado uma menina magrinha e agasalhada com uma touca de pelúcia segue no caminho da escola.

Quando ela chega, a escola ainda está vazia. Então ela senta no banco do corredor e confere os cadernos, cuidadosamente encapados e etiquetados com o seu nome e com o nome da matéria em que será utilizado.

Mais tarde, na sala de aula, as crianças esperam com ansiedade a chegada da professora. É o primeiro dia de aula e todos estão ansiosos para conhecê-la. Um mistério está prestes a ser decifrado.

Então o trinco da porta se move lentamente. A porta se abre e todos se levantam para receber a mestra.

A professora observa os alunos com satisfação, passa os olhos pelos olhares curiosos de todos os pequenos e para quando encontra um olhar.

É um olhar especial. Uma criança que sorri com os olhos, sorri com o rosto todo, sorri com a alma. A professora se detém encantada.

O tempo estaciona para a mestra e ela fica longo tempo contemplando a criança que lhe dirige aquele sorriso.

Se esta rua, se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes,
Para o meu, para o meu amor passar.

Os sentidos se tornam vagos. A mestra esquece seu ar de autoridade. Seu pensamento voa no espaço sobre pessegueiros floridos e sabiás distraídos. Os livros da professora se soltam da mão e caem no chão da sala de aula. O ruído dos livros no piso traz de volta a mestra.

Ela dá por si e vê que a menina do sorriso está ali no seu lado e estica o braço pra lhe entregar os livros que caíram.

A mestra não se contém e abraça com carinho aquela aluna especial.
– Obrigada querida. Como é o seu nome?
E a criança, no auge da felicidade:
– Meu nome é Maria Leuny!

CONSIDERAÇÕES METAFÍSICAS SOBRE A TROCA DE UMA VACA

Alda Nunes Warmling  

Eu vi a vaca
Vi as ancas da vaca,
úberes cheios, carnudos, estufados,
feito troféus, dependurados.
Pelo lustroso.
Malhada.
Fosse o boi um homem, diria:
– Vaca arretada!

O tempo veio e comeu a vaca, 
O boi nem viu (literalmente, ele vivia babando)
Nem viu a bunda da vaca sumindo,
os tetos murchando como mulher inflável, quando leva uma agulhada.
O dono da vaca viu e falou ao boi:
– Está na hora de trocar esta “vaca louca” por uma vaca nova. 

E, consentindo, o boi mugiu: baáááá!

OUTONO

Outono
Therezinha Muniz

É outono
De sol,
De céu azul,
De friozinho matinal!

Outono assim
Já vimuitos
Sem chuva, e
Com tardes quentes!

Não vi ainda… é outono
de sol
de tardes quentes,
ensolaradas e brilhantes
em que a ordem é
“pra não sair”…
pois há um imperativo lá fora,
que obriga a cada um de nós
abster-se de contatos.
reinventar-se a cada instante,
prover-se de nutrientes
espirituais, mentais e físicos
pra aguentar (tanto) tamanho tranco
que a todos ameaça sem parar.

COVID é seu nome

C orrói nossa imunidade

O rganiza o caos humano

V iolenta nossa liberdade

I mpõe, a todos, isolamento

D esgasta, desmerece, delapida
até a nossa fé!


SEMPRE VIVAS – (Poema da Maris – 1984)

É bom se ter na lembrança,
Sempre vivas,
As chamas do amor da juventude:
A luz da esperança que ainda guarda
Sempre viva,
Apertada entre os dedos da mão para não fugir.

Passará o tempo.
Os dias passarão na mesma sequência
Que a vida impõe os fatos na existência.
O sol que ora nascia,
Hoje se põe…

Recordações…
Não há quem não as tenha.
Boas, más…
Todavia em nós ainda ressoa
O riso fácil dos bons tempos idos.
Não perdidos.

Quando as rosas cor-de-rosas de alegria
Ao mundo impunham cor,
As melodias harmoniosas,
Tangidas pelas cordas
Tão sutis do meu jovem coração
Eu sei de cor:

Sempre-vivas, sempre-vivas
Foram as flores que escolheste.
E em ramalhetes gentis me ofereceste.
Como a sinalizar um amor que não morresse.
E entre os outonos sombrios
E os invernos tão frios, não fenecessem

Sempre-vivas eram as flores.
E o amor, meu amor!
É sempre vivo.

Autoria: Maris Nunes de Souza – 1984

REMINISCÊNCIAS*

*Por Jonas Tadeu Nunes

Urubici, 09 de janeiro de 1961. Deixamos nossa terra às quatro da madruga. Éramos doze, crianças e adolescentes, entre os 10 e os 18 anos. Madrugada fria, de vento cortante, como sempre, naquelas paragens.
Meu pai, enérgico e soberbo liderava a expedição. Contratara uma camioneta F100, Ford, com cabina e carroçaria metálicas, minúscula para tanta gente, para-lamas azuis, o fundo amarelo.

Quatro na frente, na cabina, oito na carroçaria, junto com as malas; cada um segurava a sua; poucas roupas e pertences mínimos, num saco, a coberta de penas; a minha era verde, quadriculada, com pequenos quadrinhos brancos. Todos excitados e felizes. Em nossas cabeças um único pensamento: ver novas terras. O entusiasmo infantil se misturava à angústia de sair de casa. Eu tinha, então, dez anos. Em meio ao tumulto e ao vozerio, observava minha mãe, atarefada na preparação do lanche para a viagem. Seu olhar me procurava, e na rapidez do raio com o meu cruzava, soslaio, furtivo, medroso. Não sorria, não acariciava, não chorava. Acheguei-me a ela, querendo um abraço. – Vai, rapaz! Empurrou-me para o carro.
Embarcamos, entre gritos, risos e lágrimas furtivas. Meu pai, parado na calçada, dava as últimas recomendações. Mamãe enxugava as mãos nervosas no avental, enrolando-o e desenrolando-o sem parar. Saímos, pela noite escura.

O motor da camioneta resfolegou cansado, Esquina a baixo. Deslizamos no silêncio da madrugada fria, olhando cada casa fechada e silenciosa, cada ruela, cada pinheiro. Aos poucos fomos saindo do povoado e ganhando a estrada. O frio encarangava os dedos, e de nossas bocas saíam baforadas de fumaça branca. O barulho das tagarelices foi cedendo lugar a um silêncio angustiado. As árvores passavam velozes, enquanto o dia se expunha. Uma imensa nuvem de pó se levantava à nossa passagem e enchia nossos olhos e narizes. Nos entreolhávamos, sem sorrisos.

O pequeno veículo pertencia ao Seu Liveira, cidadão urubiciense, serrano da gema, fazendeiro daquelas bandas. Uma camioneta F-100 amarela, com os para-lamas pintados de azul. A carroçaria havia sido preparada, com uma cerca alta de ripas de madeira, já que o ambiente era reduzido e, ali, nos concentraríamos por muitas horas, serra abaixo.

Aos poucos tudo ao nosso redor foi sendo coberto por uma grossa camada de pó, nossas roupas ficando esbranquiçadas e nossas feições de textura cadavérica. Não havia muito que conversar. Espaço reduzido, vento gelado nas orelhas, curvas, curvas, curvas…

Subimos o morro do Quebra Dente em marcha lenta, aos solavancos, penetrando cada curva com cuidado. O fantástico panorama da Serra ia se desdobrando em mil cenários. Ora um rio, ora uma cachoeira, um perau. Meus olhos de criança jamais tinham pousado sobre tanta beleza, e sobre coisas tão estranhas. A paisagem se abria em cada rincão; em cada canto uma cena pitoresca. Não pensava em meus irmãos, em meus pais, em minha casa. Queria afundar no mundo. Sentia em minhas veias um sangue novo e em minha mente passavam muito rápido os pensamentos, as coisas se sucediam tão rapidamente, que mal podia acompanhá-las ou sequer entendê-las.

Já muitas voltas depois, estávamos diante do Morro Pelado, uma impressionante formação rochosa em esplêndida forma cônica, em plena Serra do Panelão. De lá, olhando-se para trás, avistava-se Urubici, pequenina e enfumaçada pela neblina. As roças, as casas, os morros ao redor. Tudo longe, tudo distante, a me dizer que nunca mais para lá eu voltaria. Por um momento caí em mim, meus olhos se encheram d’água. A manga do casaco de lã escondeu minhas lágrimas entre fibras e segredos. Disfarçando o rosto e olhando meio de lado, fui vendo, aos poucos minha cidadezinha se perder por entre os montes. Sumiu. Um vazio se apossou de minha alma de criança. E uma espécie de conformismo se alojou em meu espírito: vamos em frente! Não vou mais olhar para trás…

A paisagem se modificou rapidamente, à medida que fomos chegando mais para perto de Bom Retiro, Barracão, Ituporanga. De repente um susto! Uma forte pancada e um grande solavanco mexeu a todos do lugar. O carro subira num enorme monte de cascalho. Adernou perigosamente, voltou para trás e parou. Seu Liveira saiu, passou o braço sobre a fronte, sorriu confuso e desnorteado. A confissão fluiu-lhe da boca espontaneamente: – Estou aprendendo a dirigir… Alguns mais velhos entenderam o alcance da frase. A mim me pareceu estar tudo certo. Estávamos parados, o carro não tombara…

Todos descemos do veículo. Com algumas penosas manobras e acompanhado da torcida adolescente, que a esta altura se acendera em seu auge, excitados pela inusitada e inesperada situação. Já o dia amanhecera de vez e o sol começava a aquecer nossos corpos empoeirados.

Decretou-se uma pausa para um lanche. Sentei-me no barranco, abri a pequena matula de pano, onde estavam as talhadas de pão de milho, untadas carinhosamente com banha de porco e cobertas com açúcar. A imagem de minha mãe pairou por um instante à minha frente, e logo sumiu, atropelada pelo turbilhão de pensamentos que me tumultuavam a alma. Na trouxinha havia também um saco plástico com pedaços de galinha frita, envolvidos em saborosa farofa de mandioca. Livre das costumeiras pressões maternas à mesa, afundei os dentes nas gostosuras que minha mãe preparara. À farinha se misturava a poeira, e na poeira já se emplastrava a saudade.

Camioneta na estrada, todos a bordo, novamente barulhentos e distraídos, seguimos serra a baixo, rumo ao misterioso paradeiro para onde íamos. Duas coisas me chamavam muito a atenção: a terra se tornara vermelha, como eu nunca havia visto antes, e no alto de cada poste, ao longo da estrada, havia ninhos de joão-de-barro, o forneirinho. As casinhas redondas do passarinho, seu canto barulhento e ritmado soavam-me aos ouvidos como uma novidade extraordinária.

Chegamos à cidade de Rio do Sul, já no Alto Vale do Itajaí e meus olhos se extasiavam diante do tamanho dos rios. Imensas caudais, rolando serra a baixo. Dentre tantas coisas novas que eu via, uma delas não me sai da lembrança: o trem! A maria-fumaça. Enorme, escuro, lançando um imenso jorro de fumo negro para cima. Resfolegando em meio a um barulho ensurdecedor, entremeado pelo chiaço assustador do escape do vapor da fervente caldeira. Os trilhos de aço, os passageiros abanando ao longe, tirando os chapéus; tudo me fascinava e me enchia os olhos com coisas jamais vistas.
Beirávamos agora o Rio Itajaí-Açu, descendo sempre mais em direção ao litoral de Santa Catarina. O chinchorro modorrento nos arrastava por morros, ladeiras e serrinhas, ronceiro e, agora, mais prudente. O sol de janeiro já escaldava, e apesar do vento que soprava, o calor ficou intenso e agoniado. Tirei o casaco e comecei a entender que nas terras baixas, para onde íamos, o calor seria sufocante. E não estava errado.

Costeando o imenso rio, que de encachoeirado e rápido ia se tornando mais caudaloso e lento, passamos por Ibirama, Subida e Apiúna. Já aí, a paisagem era completamente diferente de tudo ao que eu estivera acostumado. Plantações de arroz, em meio a imensas áreas alagadas, me surpreendiam tanto, que mal podia falar. As enormes carroças tiradas por dois animais, as árvores, os pássaros… De repente, meu Deus, onde havia ficado tudo o quanto eu conhecia? Como podia existir um mundo tão diferente do meu? Onde foram parar as carucacas, os chuins, as tunas e as lechiguanas? Os riachos marulhosos e limpinhos onde estariam? Tudo cresceu tanto! Os horizontes se alargaram, os grandes montes de minha terra sumiram. Que faria eu sem o Avencal, sem o Morro Bicudo, sem as escarpas de Urubici? Bananais, canaviais, arrozais… Tanta fruta nova, tantos cheiros, abacaxis, ananás, goiabeiras, laranjais, bergamotas… Onde estavam meus pinheiros, as avencas, as margaridas do banhado, os xaxins e os marmeleiros?

Entre o choque e o encanto fomos chegando ao Médio Vale do Itajaí e, de repente, lá estava ela: Ascurra! Um sonho… Num primeiro momento o alarido foi geral, depois um longo silêncio. Meus amigos passavam pela mesma estupefação que eu. As casas eram diferentes, o clima, o sol, a terra vermelha.
A pequena cidade apareceu inteira. O imenso maciço de vetustos prédios que compunha o seminário ocupava quase que o cenário todo. Enorme, amarelo, misterioso, repousando à sombra de soberbo santuário. Ali seria nosso novo lar, sem pai, sem mãe, somente irmãos, um orfanato assustador.

Entramos na cidadezinha, circulamos pela frente do Colégio e mergulhamos por uma pequena avenida cercada de palmeiras. À nossa frente o prédio principal, com imponente e séria fachada. As portas enormes, as janelas imensas. Uma rápida virada à esquerda e mais outra à direita e penetramos por vielas rebordadas de jardins e sombreadas por frondosas árvores. Logo à frente a belíssima capela do internato e, passando a seu lado, chegamos deslumbrados ao pátio central, onde corria e se agitava uma centena de outros garotos como eu.

A camioneta parou, alguns dos curiosos internos rodearam o veículo, que parecia ter saído de uma cena de guerra, descemos e logo me bateu aos ouvidos o estranho sotaque italiano. Tomei minha pequena mala e o saco com as cobertas, engoli em seco o choque que me provocara a solenidade do ambiente e fui, acompanhando o grupo, em direção ao dormitório. Alguém nos indicou os lugares. Meus primos o Élvio e o Paulo ficaram em cantos opostos do imenso salão, onde se enfileiravam centenas de camas, entremeadas de armários baixos.

O colega do lado, percebendo meu embaraço, se dispôs a ajudar-me a arrumar a cama: um lençol por baixo, outro por cima, a colcha, o travesseiro, a coberta dobrada aos pés do leito e, sobre ela, as toalhas de banho e de rosto, feitas de pano de sacas de trigo, alvejadas à força de hipoclorito, mas ainda estampando a marca impressa do produto.

Era meio-dia. Descemos para o almoço e, ao pé da escada, me perdi no turbilhão formado por mais de trezentos internos, no vozerio, na algazarra. Soou o sino, todos emudeceram instantaneamente. Olhei confuso tudo aquilo, senti meu coração disparar e não segurei minhas primeiras lágrimas…

NOSSA SENHORA DE ANGELINA

Nossa Senhora de Angelina

Nossa Senhora de Angelina,
Eu vou subindo pra chegar ao teu altar.
É bom estar aqui, de perto olhar pra ti,
Sob teu manto azul, no céu do teu olhar.

Quando a manhã chegar, que alegria.
É lindo ver a natureza acordar.
A bruma a enfeitar o azul dos montes,
E a passarada canta e voa a te louvar.

A tarde vem feliz como as crianças,
Que sorridentes as lições vão estudar.
E pais e mães estão arando a terra.
Suor sagrado que em pão vão transformar.

E quando a noite vem, descendo em trevas,
Ave Maria tua bênção vou buscar.
E é unindo as mãos que te pedimos:
Vem nosso sono, doce mãe abençoar.

Tutti-Frutti – 22/04/2015


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HINO DE SÃO MARCOS

Hino de São Marcos
(Capela do Alto Garcia – Angelina)

Vamos pra casa de São Marcos
Participar daquela ceia especial
//: Em que Jesus nos deu a Eucaristia
Tornou-se o pão da vida celestial ://

Vamos pra casa de São Marcos
Para lembrar Pentecostes entre nós.
//: Por certo a luz do Espírito Divino
Derramará sua chama sobre nós ://

Vamos pra casa de São Marcos
A casa simples de acolhida dos cristãos
//: Vamos também fazer da nossa casa
Lugar de paz, de vida em comunhão ://

Vem também Marcos pra esta casa
O Alto Garcia também é teu lar.
//: Traz a palavra viva da Boa Nova
Que anuncia o Reino entre nós ://

LCN – 19/11/2016

ÁUDIO:

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NÃO SEI PLANTAR

NÃO SEI PLANTAR
Tuti 2018

Eu não sei plantar
Não sei colher
Eu preciso rezar
Ser um homem bom.

O horizonte é ali
Tenho força na mão
Conheço a estrada
Eu sei a direção.

Cada pedra que tem
Na estrada que vai
Vai daqui ao Pericó
Eu quero construir
As paredes de um lar.

Eu não sei colher
Não sei rezar
Eu preciso plantar
Ser um homem bom

Tenho que construir
Deus me deu a missão
De levar os meus filhos
Em estrada de chão

Vou por serra e neblina
Como é frio o meu mundo
E a estrada é sem fim
E o peso das toras
Que é pra carregar

Eu não sei rezar
Não sei plantar
Mas preciso colher
Ser um homem bom

ÁUDIO/MP3:

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CAIAMBA

CAIAMBA 2018
Homenagem ao 40º (cagagésimo) aniversário do Encontro do Caiamba.


Ca Ca Ca Caiamba
Vem vem vem Curtir o nosso samba
Ca Ca Ca Caiamba
Vem vem vem Curtir o nosso samba

Estrada acima, estrada abaixo
Eu nunca vi tanto riacho
Estrada acima, estrada abaixo
Eu nunca vi tanto buraco.

Mu mu mu mu mu faz a vaca
E eu te digo: Te cuida Latorraca!
Mu mu mu mu mu faz a vaca
E eu te digo: Te cuida Latorraca!

Pi Pi Pi Pinheiro
Diz diz diz que dá muito dinheiro
Pi Pi Pi Pinheiro
Diz diz diz que dá muito dinheiro

Ros ros ros rosquinha de coalhada
Só sobraram quatro bem queimada
Ros ros ros rosquinha de coalhada
Só sobraram quatro bem queimada

ÁUDIO/MP3:

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FAIXA BÔNUS/MP3:
EXPETÁCULO! – AS VOZES DO FUNDO NA GRAVAÇÃO…

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Todas as Vozes.mp3

PARARIRU…

PARARIRU
Criação coletiva em tempo incerto, no século passado.

Se na fazenda do Lessi
As vacas faz Mu-Mu-Mu…
As vacas do seu Vevino
Faz sempre PARARIRU…

PARARIRU, venho sempre
aqui rever meu torrão
PARARIRU esta terra
Pialou o meu coração

Ilhota, Gaspar, Blumenau
Rio do Sul e Camboriú
Fazemos um Haw Haw Haw
Ou então PARARIRU…

E de quebrada em quebrada
Volto Feliz cada vez
Para comer feijoada
Estou ficando freguês.

ÁUDIO/MP3:
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VEM CANTAR

Vem Cantar
Música em três coros com melodias diferentes e cantadas juntas.
(Coisa de quem não tem o que fazer…)

– Coro 1 –
Cante assim quando amanhecer
Até o anoitecer
Cante pra ver o sol nascer
E estrelas ver brilhar

Cante a vida que você tem
E o amor também
Seja uma luz na escuridão
Cantando esta canção.

– Coro 2 –
Sim, vem cantar
Vem cantar
Sim vem cantar
Sim, vem cantar
Vem cantar.

Sim, vem cantar
Vem cantar
Sim vem cantar
Sim, vem cantar
Vem cantar.

– Coro 3 –
Vem cantar,
Comigo vem
Cantar assim,
Vem cantar
Vem cantar.
(comigo vem)

Cantar assim,
Comigo vem
Cantar assim,
Vem cantar
Vem cantar.

ÁUDIO/MP3:

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ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO

Faz-me um instrumento de tua Paz
Onde há ódio que eu leve o amor
Onde há ofensa teu perdão, Senhor
Onde há dúvida leve a fé

Faz-me um instrumento de tua paz
Que leve tua esperança aonde eu for
Onde há trevas que eu leve tua luz
Onde há tristeza, leve tua alegria

Oh Mestre ajuda-me a sempre buscar
Sem ser consolado, busque consolar
Sem ser compreendido, compreender
Sem ser amado mas sempre amar

Hazme un instrumento de tu paz,
donde haya odio lleve yo tu amor,
donde haya injuria, tu perdón, Señor,
donde haya duda, fe en Ti.

Hazme un instrumento de tu paz,
que lleve tu esperanza por doquier,
donde haya oscuridad lleve tu luz,
donde haya pena, tu gozo, Señor.

Maestro, ayúdame a nunca buscar
querer ser consolado sino consolar,
ser entendido sino entender,
ser amado sino yo amar.

Faz-me um instrumento de tua paz
É perdoando que nos dás perdão
É dando a todos como tu nos dás,
Morrendo é que voltamos a viver.

Oh Mestre ajuda-me a sempre buscar
Sem ser consolado, busque consolar
Sem ser compreendido, compreender
Sem ser amado mas sempre amar

Faz-me um instrumento de tua paz

ÁUDIO/MP3:


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O UNIVERSO E NÓS

O Universo e Nós
Tuti – 15/04/2017

Tal como o hora, sou parte do dia.
Tal como a nuvem, és parte do céu.
Somos a água da chuva que cai.
Gota por gota formamos um mar.

Ah! Ah! Que bom te encontrar!
O acaso juntou-nos aqui…
//: Quando estrela de novo eu virar
Vou sempre lembrar de ti. ://

Tal como o monte, sou parte da terra.
Tal como a luz, tu és parte do sol.
Somos um todo com tudo em comum.
Somos segundos de eras sem fim.

Tal como a pedra, sou parte da rocha
Tal como o escuro, és noite também.
Somos estrelas de mundos perdidos.
Viemos de onde não podemos ir.

Tal como eu, tu também és assim:
Tal como tudo no espaço a girar.
Somos poeira de estrelas do além.
Somos matéria para o que virá.

ÁUDIO/MP3:

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HINO DE SÃO MARCOS

Hino de São Marcos
Tuti

Hino de São Marcos
(Capela do Alto Garcia – Angelina)

Vamos pra casa de São Marcos
Participar daquela ceia especial
//: Em que Jesus nos deu a Eucaristia
Tornou-se o pão da vida celestial ://

Vamos pra casa de São Marcos
Para lembrar Pentecostes entre nós.
//: Por certo a luz do Espírito Divino
Derramará sua chama sobre nós ://

Vamos pra casa de São Marcos
A casa simples de acolhida dos cristãos
//: Vamos também fazer da nossa casa
Lugar de paz, de vida em comunhão ://

Vem também Marcos pra esta casa
O Alto Garcia também é teu lar.
//: Traz a palavra viva da Boa Nova
Que anuncia o Reino entre nós ://

LCN – 19/11/2016

ÁUDIO:

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VEVINALDA

VEVINALDA
Tuti

A vida é como o Sol, que sempre vem nos ver
E deixa raios de calor pra flor nascer
As flores são assim, tem rosas tem jasmins
Se têm espinhos, mais perfume podem dar.

Teu coração bate em meu peito,
Meu coração bate por ti
Também seremos VevinAldas
Pro amor retribuir

E hoje eu vou cantar e abrir meu coração
Ver todos juntos irmanados na canção.
Se criar guerra é pra conquistar a paz.
E aprender fazer enquanto já se faz.

Sem medo a hora é já de juntos caminhar
Sem ter motivo para nunca mais chorar
E se chorar, que bom! Se o pranto vem mostrar
Toda ternura que procura se ocultar.

ÁUDIO:


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Vem Tomar Café

Vem Tomar Café
Tuti – 21/12/2016

Tão chamando vem tomar café
Tá na mesa vem tomar café!
Tem bolinho de fubá
Tem cocada e pão-de-ló
E nega maluca,
Chocolate e até chá…

Tão chamando vem tomar café
Tá na mesa vem tomar café!
Olha só o pão de frutas,
Pão de queijo de montão
Panqueca enrolada
Bijajica e requeijão…

Tão chamando vem tomar café
Tá na mesa vem tomar café!
A rosquinha tá no forno
E o leitinho já tá morno
Queijo e goiabada,
Biscoitinho e pastel

Tão chamando vem tomar café
Tá na mesa vem tomar café!
Veja a cuca com canela
Tem presunto e mortadela,
Doce de leite
Nata e toicinho do céu.

VÍDEO:

ÁUDIO/MP3:

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Canto do Povo de um Lugar

Canto do Povo de um Lugar
Caetano Veloso

Todo dia o sol levanta
E a gente canta
Ao sol de todo dia

Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde

Quando a noite a lua mansa
E a gente dança
Venerando a noite

Madrugada o céu de estrelas
e a gente dorme
sonhando com o dia

ÁUDIO:


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Rock in Urubicio

Rock in Urubicio
Tuti 11/06/2016

Quié qui você pensa de andar por aí?
Descendo o Avencal parei pra fazer xixi.
Olhando lá do morro e nem te conto o que vi
Era um recanto lindo era Urubici

Passei numa pinguela, pinchei pedra no rio
Lacei um boi na cancha e meu chinelo caiu.
Falei pro meu chinelo: mas que merda rapaz…
Montar de chinelo nem Tio Lessi é capaz.

Deixei o meu cavalo no pastinho do Grupo
Falei pra gurizada que o cavalo é bem chucro.
Se chegarem perto ele dá coice em vanceis
Mas é inteligente e até fala Francês.

Eu vou lá na Esquina, na aranha do Tio
E volto de tardinha pra dançar um bugio
Eu tenho uns amigo no Traçado e o Baiano
Deixei o Nego Tico c’um churrasco assando.

A história ficou grande, vou cruzá o Panelão
E passo na Água Branca pra abraçar o Alemão.
Vô subir o Quebra-Dente até Rancho Queimado
E quarqué dia eu volto pra jogá um carteado.
 


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Dá-me um pouco de ti

Versão da música “Dá-me um pouco de ti” – hino oficial do encontro dos Broering em Angelina, realizado nos dias 23 e 24 de Julho de 2016

 

Dá-me um pouco de ti

Somos sementes de um mundo melhor
Quem nos plantou foram nossos avós

/Dá-me um pouco de ti
Leva um pouco de nós
Segura a minha mão
E solta a tua voz/

Se estás comigo, não estamos sós
Bem vindo amigo. Temos uma só voz.

(Tuti 03/06/2016)

 


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Mais Perto do Meu Deus

MAIS PERTO DO MEU DEUS

Closer My God To Thee
Text: Sarah F. Adams, 1805-1848
Music: Lowell Mason, 1792-1872

Mais perto do meu Deus, ó Pai do Céu,
na dor ou bem-estar hei de te amar.
Quando a aflição bater, com fé hei de dizer:
mais perto do meu Deus, ó Pai do Céu!

Se a dúvida vier, e anoitecer,
sem luz que me conduz ao teu olhar.
Então serei fiel e gritarei feliz:
mais perto do meu Deus, ó Pai do Céu!

Na mão do meu irmão encontro a paz,
Sentindo tua presença que me satisfaz!
Então eu louvarei, teu nome bendirei!
Mais perto do meu Deus, ó Pai do Céu


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Eu Sou Mais Eu – (I, Me, Mine) – Beatles

Eu Sou Mais Eu

George Harrison
(Versão Brasileira – Tuti)

Dias a fio: Sou mais eu,
Sou mais eu, Sou mais eu.
Noites sem fim: Sou mais eu,
Sou mais eu, Sou mais eu.
Eles temem a saída,
Tramam por isso,
Querem mais força tomar,
Dias a fio: Sou mais eu..

Eu sou mais eu…
Eu sou mais eu…
Eu sou mais eu…
Eu sou mais eu…

Só posso ouvir: Sou mais eu
Sou mais eu, Sou mais eu.
Mesmo a chorar: Sou mais eu,
Sou mais eu, Sou mais eu.
Eles jogam sem ter medo
Todos confirmam.
Eles são vinho a jorrar,
Dias a fio: Sou mais eu.

Eu sou mais eu…
Eu sou mais eu…
Eu sou mais eu…
Eu sou mais eu…

Só posso ouvir: Sou mais eu
Sou mais eu, Sou mais eu.
Mesmo a chorar: Sou mais eu
Sou mais eu, Sou mais eu.
Eles jogam sem ter medo
Todos confirmam.
Eles são vinho a jorrar,
Sempre será: Sou mais eu.

Versão Brasileira – 2016

Versão Original – Beatles 1970

Uma Música para o Francisco

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Cavalinho Azul

(Vô Tuti)

Um cavalinho azul
Um cavalinho azul
Um cavalinho azul
Eu quero pintar

Sempre posso passear
A galope, sem parar
Se um cavalinho eu desenhar.
(Mas tem que ser azul, viu?)

Galopando pra valer
Lá no sítio eu vou ter
Um cavalinho de papel
(Vai ficar bonitinho né vô?)

Vem Vó Zilma, vem montar.
E eu te levo a passear
Ele é mansinho. É de brincar.
(Não precisa ter medo Vó!)

Se meu lápis apontar
E o Vô Tuti me ajudar
Um cavalinho eu vou pintar
(Adivinha de que cor vai ser?)
(Aumente o som e clique no sinal de “play” da barra para ouvir a música)

Versão em vídeo:

Ouço Deus

Ouço Deus
(Autor desconhecido)

Ouço Deus no murmúrio das águas dos rios
Ouço Deus no furor de ciclones bravios
Ouço Deus no cantar matinal dos pardais
Ouço Deus no lamento de pobres mortais.

Vejo Deus nas estrelas perenes de luz
Vejo Deus no esplendor que a alvorada traduz.
Vejo Deus no suave perfume da flor
Vejo Deus no adeus companheiro da dor

Sinto Deus na saudade que evoca lembranças
Sinto Deus no morrer de febris esperanças
Sinto Deus na tristeza de ver-te partir
Sinto Deus na tua volta, irmão a sorrir.

Ouço Deus no murmúrio das águas dos rios
Vejo Deus no furor de ciclones bravios
Sinto Deus no cantar matinal dos pardais
Ouço Deus no lamento de pobres mortais.