CAPÍTULO II – A Ordem Templária

O monge entrou ruidosamente na sala onde estavam os outros cavaleiros. – Conseguimos. – Bradou abrindo o pergaminho. – O Papa autoriza nossa ida para Jerusalém!  

Corria o ano de 1118. O pequeno grupo de Templários houvera obtido a concordância de Sua Santidade para a criação de sua Ordem.
O grupo compunha-se de 5 homens apenas. Preparavam-se para empreender a longa viagem entre Paris e Jerusalém.  

Ordem Templária

Na verdade, sonhavam com outra coisa. O pretexto apresentado ao Papa escondia um misterioso plano. Os templários queriam, na verdade encontrar algo muito precioso. Tinham informações sobre o lugar em que se encontravam os tesouros sonhados: A Arca da Aliança, As Tábuas da Lei, O Santo Graal…

A Arca da Aliança constituía um objeto sagrado que emanava uma energia surpreendente e foi carregado pelo povo hebreu pelo deserto até ser colocada em local especialmente preparado no Templo de Salomão. Também estavam no magnífico templo as tábuas com os mandamentos de Deus entregues a Moisés no Monte Sinai.

Os templários tinham também a esperança de encontrar no mesmo local o Santo Graal, o cálice da última ceia, onde José de Arimateia teria recolhido as últimas gotas de sangue de Jesus, durante seu sepultamento.   Mas, no ano de 1118 o magnífico Templo de Salomão já não existia mais. Fora destruído pelos Turcos no século IV.
Mesmo assim, uma certeza inspirava aqueles homens e eles partiram para Jerusalém ainda naquela noite.  

Nas ruínas do Templo de Salomão, eles se estabeleceram e começaram a fazer escavações em locais que tinham muito bem planejado.

Conta-se que encontraram os tesouros e os conduziram secretamente até a França. Misteriosamente a Ordem dos Templários ganhou grande poder e cresceu muito, conseguindo reunir fortuna tão grande que emprestavam dinheiro aos nobres e até aos reis da Europa.

Dedicaram-se à construção de grandes catedrais como a fabulosa Catedral de Chartres, com mais de 3.000 metros de vitrais e que foi construída sobre um antigo local de culto dos Celtas. Os romanos já haviam destruído o oratório Celta e aterraram a gruta existente com toneladas de pedras, lacrando tudo com uma lápide onde deixaram incrustada apenas uma seta de metal dourado.

Pois foi exatamente sobre essa lápide com a seta dourada que os Templários construíram a Catedral de Chartres. E que construção… Uma nave de 136 metros, portais magníficos, vitrais, torres… tudo construído em apenas 26 anos.
Um grande mistério: como os Templários conseguiram há mais de 800 anos técnicas tão eficientes para levar a cabo esse feito admirável. Um verdadeiro marco na arquitetura.

O interessante é que toda a arquitetura da época baseava-se nos modelos romanos, com abóbodas que se sustentavam fazendo peso e, exatamente por causa do peso, uma pedra sustentava pesadamente a outra.

Arco Romano
Arco Gótico

Essa lógica arquitetônica foi substituída pelo estilo gótico em que o conjunto de forças de sustentação partiam de forma contrária de baixo para cima. O incrível dessa mudança: Não aconteceu por evolução. Não houve um longo período de experimentação dos modelos arquitetônicos, até que se consolidasse o modelo gótico. A arquitetura gótica, simplesmente apareceu.  

Uma característica importante das estruturas eclesiásticas góticas é o verticalismo, ou seja, sua elevada altitude. No interior e exterior das construções góticas, os elementos arquitetônicos apontam para o céu. Um exemplo conhecido são os arcos ogivais, que são pontiagudos e possuem a impressão de uma seta apontada para cima.

Catedral de Chartres

Como é possível que esse edifício majestoso tenha sido construído em apenas 26 anos?
Qual a técnica utilizada há mais de 800 anos, para que fosse possível erguer essa maravilha arquitetônica?
E porque a arte das CATEDRAIS GÓTICAS foi iniciada somente após a chegada da Arca?
Tudo o que foi construído antes, é completamente diferente…

Há num dos vitrais da Catedral de Chartres, um pequeno orifício (os incrédulos afirmam ser um defeito ou um esquecimento de quem fez o vitral) mas acontece que esse pequeno orifício permite que uma vez por ano um raio de luz passe através dele e vá refletir numa laje branca no chão. 
É exatamente a laje que tem a seta de metal dourado incrustada pelos romanos. O raio de luz atravessa o orifício do vitral e incide sobre a seta dourada.

Isso acontece somente uma vez por ano… no dia 21 de junho e somente numa hora determinada entre 12:45 e 12:55 horas – é exatamente o dia e a hora de início do Solstício de Verão.
É quando se inicia a plenitude da Vida. É o momento em que a TERRA VIRGEM E MÃE – toda ela se transforma em dádiva, dando-nos seus frutos.

Os documentos mais secretos dos Templários afirmam com absoluta segurança que a Catedral de Chartres – um dos mais belos monumentos da arte Gótica sobre a Terra, foi construída exatamente no local onde um século antes de Cristo o povo celta cultuava a Mãe Terra, cuja representação, que estava na gruta, simbolizava a imagem de uma mulher virgem e mãe (o simbolismo oculto era o interior (útero), não violado da terra onde a vida germina).

A virgem tinha um menino no colo, símbolo da maternidade, e pisava numa serpente. Os sacerdotes celtas diziam eles que obedeciam ordens do Universo e que aquele lugar chamado Bosque Carnuto era um ponto privilegiado do nosso Planeta, onde melhor se podia levar a cabo as comunicações do Homem com o Universo.

Após a invasão dos romanos, a gruta foi destruída e coberta com pedras e terra; e só deixaram a enorme rocha, na qual foi incrustada a pequena seta de metal. Foi exatamente nesse local que se construiu a CATEDRAL DE CHARTRES.

Mas o fato mais curioso da Catedral de Chartres e, o que interessa sobremaneira em nossas pesquisas sobre os Templários de Urubici, é a inscrição composta de apenas uma palavra, que os Templários fizeram em uma coluna da Catedral.

Os historiadores já buscaram em vão entender o porquê daquela palavra, mas todas as tentativas resultaram frustradas. A única pista que os estudiosos têm a respeito da inscrição é de que a palavra foi pronunciada por um cavaleiro morto pelos árabes em Jerusalém, por ocasião da chegada dos primeiros Templários ao templo de Salomão:  

Era noite escura e os cavaleiros tinham a sua frente um destacamento de soldados árabes acampados a cerca de cinco quilômetros de onde estavam. Bernardo de Clervaux (São Bernardo) enviou um homem numa missão de reconhecimento para informar ao grupo de Templários as condições de avançar.

Aguardaram pois o companheiro por muitas horas e, como ele tardasse a voltar, ficaram preocupados e saíram a procurá-lo por uma floresta. Depois de muito o procurarem, ouviram um gemido que vinha de alguns arbustos. Lá estava o seu companheiro em agonia e gravemente ferido.  

Bernardo de Clervaux – São Bernardo

Bernardo administrou-lhe a Extrema-Unção enquanto o cavaleiro o olhava fixamente como que querendo dizer algo que não saía. Assim, por várias vezes, tentou abrir a boca para falar mas não pronunciou uma só palavra.

Vendo pois que a morte em breve levaria seu companheiro, Bernardo acomodou-lhe a cabeça sobre uma pedra e colocou-lhe a espada em forma de cruz sobre seu peito.

Num último suspiro, o Templário moribundo conseguiu então pronunciar uma palavra que parecia ser do idioma árabe.  

Essa palavra foi gravada no mármore da coluna principal da Catedral de Chartres. A última palavra que o Templário disse antes de morrer foi: AVENKAAL.  

Não perca a próximos capítulos…