EPÍLOGO

(Para o epílogo, a música é fundamental. Não continue a leitura sem o acompanhamento da música)
(Clique abaixo para ouvir a música do EPÍLOGO.)

Chegou a hora.
Os templários e os índios levitam novamente e deslizam em voo suave descendo o Avenkaal. Agrupam-se todos junto à Arca no centro da praça da Santa Cruz. Dão as mãos uns aos outros, seus rostos se transfiguram. A Arca vibra intensamente e espalha no céu todas as cores do um arco-íris. Todos têm os rostos iluminados e sorriem olhando para o céu.

Estão todos nus. Índios e europeus. Todos despidos dos preconceitos, do machismo e do fanatismo religioso. A falsa moral foi deixada nas águas da enchente. As almas foram lavadas pela água e purificadas pelas brasas da fornalha.

O mestre dos templários toma então a Flauta Sagrada e vai fazer soar o Avenkaal. O lugar definido para o encontro. Ele vai iniciar a sequência de notas revelada na proporção áurea…

EPÍLOGO

Os templários não atravessaram o portal de uma outra dimensão. Foi a nova dimensão que atravessou-lhes o portal de suas almas. Não foi uma invasão. Foi um ato de vontade própria. Uma permissão em uma jornada.

Estavam no centro do praça aqueles que haviam percorrido o caminho da evolução. Estavam lá, iluminados e olhando para o céu com o rosto transfigurado aqueles que haviam colocado suas vidas em um plano tão elevado que não faziam mais parte deste mundo. Eram seres de matéria luminosa que já vibrava em paragens novas e distantes. Seres de luz que precisavam seguir para onde estava o seu coração.

A flauta soou e o Avencal silenciou para ouvir a sequência de notas. Fá, Sol, Mi, Mi, Si… Mais uma vez, buscando uma resposta à música símbolo da transcendência, a Flauta Sagrada soou…

Então o Avencal se iluminou. Uma grande nave surgiu no céu soando com muita força a mesma sequência de notas que o mestre tocava na Flauta Sagrada. Seguiu-se um diálogo de sons que encheu o céu de Urubici.

Aqueles cuja brasa ardia na alma foram arrebatados e elevados lentamente para dentro da nave, junto com a Arca e os símbolos sagrados.

…e nossos heróis foram vibrar em outros lugares onde juntaram-se a outros seres em semelhante estágio de evolução.

FIM
…O fim não é o fim.
Como sempre, o fim dessa história é sempre o começo de outra…

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